sexta-feira, 1 de outubro de 2010

C-X75




O objectivo é fazer regressar a Jaguar ao segmento dos superdesportivos, de onde saiu quando o XJ220 terminou a sua produção em 1994, com um modelo apoiado numa estrutura de alumínio, motorização eléctrica e uma inovadora extensão de autonomia através de mini- turbinas.

A Jaguar quer também mostrar que elevadas performances não são incompatíveis com a defesa do ambiente, além de celebrar os 75 anos da marca e oferecer um vislumbre do que será o estilo e a tecnologia da marca no futuro.

A verdade é que este Jaguar está muito próximo da produção, podendo também funcionar como um impulsionador da imagem de marca, renovada com os modelos XK, XF e XJ.


Com 4,6 metros de comprimento e dois lugares o C-X75 é capaz de chegar aosm100 km/h em 3,4 segundos, aos 160 km/h em 5,5 segundos e aos 300 km/h em meros 15,7 segundos, cifras que conseguem ser melhores que as do Bugatti Veyron. Para isso, o Jaguar possui uma cadeia cinemática inovadora.

Quatro motores eléctricos colocados nas rodas debitam, cada um, 195 CV (potência combinada de 780 CV) com um binário combinado de 1600 Nm (!), passado às rodas através de um vectorizador de binário, permitem aquele desempenho, com zero emissões poluentes.

O desenho do C-X75 ficou a cargo de Ian Callum que não se coibiu de dizer que este é o mais belo Jaguar de sempre. Para ele, “o C-X75 está o mais perto que um protótipo pode estar de ser pura arte.”

Mas ainda mais interessante é o C-X75 não ser um puro eléctrico mas sim um híbrido “plug-in” pois a autonomia em modo totalmente eléctrico não ultrapassa os 110 quilómetros. Para estender a autonomia, a Jaguar usa um par de mini-turbinas a gás montadas atrás do habitáculo e que pode utilizar como combustível gasóleo, biofuel, gás natural ou GPL.

Estas duas turbinas debitam 188 CV, rodando a 80 mil rotações por minuto, podendo ser utilizadas para ajudar os motores eléctricos a alcançarem os níveis de performance anunciados, para recarregar as baterias de iões de lítium ou então estender a autonomia até um máximo teórico de 900 quilómetros. Estas turbinas são ainda experimentais, sendo um produto de uma empresa britânica, sendo capazes de “engolir” mais de 1000 litros de ar (as duas) funcionando a temperaturas muito elevadas. Por essa mesma razão, a sua utilização num automóvel ainda está para ser comprovada.

Com jantes de 21 e 22 polegadas, este excitante Jaguar mostra a sua influência aeronáutica ao propor um interior com um painel de controlo colocado no tejadilho à imagem dos caças, uma alavanca da caixa de velocidades semelhante a um acelerador dos aviões e a colocação entre os bancos dos puxadores das portas, denominados comandos de ejecção…

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