sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Obama troca a Lua pelo Sistema Solar

Regressar à Lua em 2020, construir bases? Não, esses sonhos, recuperados por George W. Bush em 2004, ao lançar o programa Constelação, que prometia o regresso à Lua em 2020, acabaram. A proposta de orçamento da Administração Obama para 2011 reconhece a impossibilidade de cumprir esse calendário mas, ao mesmo tempo, aumenta o orçamento da NASA em seis mil milhões de dólares por ano, durante cinco anos.

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A prioridade, agora, são projectos de investigação científica e a abertura de colaborações — com outros países e, algo inédito, parceiros comerciais para levar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Esquecer o regresso à Lua é “um passo de gigante para trás”, como disse um crítico republicano? Nada disso, responde Lori Garver, vice-administradora da NASA, numa conferência que a agência espacial transmitiu pela Internet. “Este orçamento volta a colocar-nos no Sistema Solar”.

No Verão, uma comissão independente disse que o programa Constelação estava fora de rota. “O comité Augustine estimou que o foguetão necessário para nos levar à Lua não estaria disponível antes de 2028 ou 2030 e, nessa altura, ‘não existiriam fundos para desenvolver o veículo de alunagem e sistemas de superfície’”, disse o administrador da NASA, Charles Bolden, um ex-astronauta.

Hoje já não há a Guerra Fria que permitiu injectar enormes quantidades de dinheiro na NASA para chegar à Lua em dez anos. Colaboração, agora, é a palavra-chave. “Todos nós acreditamos que, da sétima vez que formos à Lua, aterraremos lá com parceiros internacionais, e comerciais também”, afirmou Graver.

Nesta proposta de orçamento é concretizada a muito esperada estratégia da Administração Obama para o espaço. E, fiel ao espírito de um Presidente que se rodeou de prémios Nobel, a estratégia parece feita à medida para agradar aos cientistas.

É prolongado o prazo de envolvimento americano na Estação Espacial Internacional (de 2015 passa para 2020) e reforçado com mais dinheiro para que se transforme de facto num laboratório orbital, para estudar os efeitos da microgravidade no corpo dos astronautas. Missões robóticas de exploração do Sistema Solar — incluindo no estudo do Sol —, e um investimento no estudo da Terra e das alterações climáticas, uma área na qual a NASA estava desfalcada.

A NASA vai ficar sem meios de pôr astronautas em órbita, a partir do fim do ano, quando for aposentado o vaivém, por motivos de segurança. Pagar bilhetes de 50 milhões de dólares nas naves russas é a solução imediata, mas os EUA vão passar também a confiar em empresas privadas. Isto é uma grande revolução, mas é algo que a NASA guardou para falar hoje.

Mas ontem, Charles Bolden anunciou já que a NASA tem contratos com várias empresas para transportar tripulações para órbitas baixas (Blue Origin, Boeing, Paragon, Sierra Nevada, United Launch Alliance). “Ninguém se preocupa mais com a segurança do que eu. Fiz quatro missões num vaivém e perdi amigos em dois acidentes. Dou-vos a minha palavra que estes veículos serão seguros”, disse.

IBM inventa painéis solares mais 'democráticos'

O gigante dos computadores IBM inventou uma nova célula solar, mais eficaz e mais barata, que permite fazer painéis fotovoltaicos a partir de materiais que pode encontrar... no seu jardim.

paineis

Materiais como o cobre (presente nos fios eléctricos), o zinco (baldes e regadores) ou o enxofre (utilizado nos fósforos) estão na origem da nova célula solar produzida pela IBM, com o objectivo de produzir energia eléctrica a partir do Sol.

Segundo o gigante norte-americano, mais conhecido pela investigação na área dos computadores, a tecnologia demonstra uma eficiência de 9.6% - 40% mais alto do que o valor anteriormente atingido para este conjunto de materiais. "No sentido de atingir o progresso na pesquisa de células solares, a IBM está a alavancar a sua experiência mundialmente reconhecida na tecnologia de microprocessadores, materiais e manufactura", afirma a multinacional, em comunicado à imprensa.

David Mitzi, líder da equipa da IBM Research que desenvolveu a célula solar, acredita no enorme potencial energético do Sol, desde que devidamente rentabilizado, algo que não aconteceu até agora, fundamentalmente devido ao elevado custo das soluções tecnológicas existentes para a transformação dos raios solares em energia eléctrica.

"Numa determinada hora, mais energia solar atinge a Terra do que aquilo que o planeta inteiro consome num ano, mas as células solares contribuem menos de 0,1% para o fornecimento de electricidade - primeiramente como resultado do custo", diz o cientista. A investigação dos norte-americanos aponta no sentido da utilização de nanopartículas, em vez das mais generalizadas - mas também mais caras - soluções baseadas em vácuo.

Actualmente, as células solares de filme fino são geralmente feitas de dois componentes raros - seleneto de cobre índio e gálio ou telureto de cádmio, o que eleva os custos de fabrico dos painéis fotovoltaicos. Para além disso, outras tentativas de criação de células solares com matéria-prima mais acessível não têm produzido os resultados desejados, segundo a IBM.

A empresa admite que não planeia manufacturar tecnologias solares, mas está aberta a formar parcerias com outros produtores para desenvolver a tecnologia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Festival de Robótica

Festival de robótica reúne jovens estudantes em Guimarães

«Roboparty» é uma iniciativa da Universidade do Minho
2010-02-19









«Roboparty» até domingo
«Roboparty» até domingo

O festival «Roboparty» vai ensinar este fim-de-semana, em Guimarães, 440 jovens a construir robôs móveis autónomos, através de operações como solda, construção de placas electrónicas e programação informática.


O director do departamento de Engenharia Electrónica da Universidade Fernando Ribeiro adiantou hoje à Lusa que os robôs a construir pelas 110 equipas escolares presentes - com estudantes dos 12 aos 17 anos – “serão relativamente pequenos e simples, mas a sua concepção e montagem transmite já alguma experiência na área aos jovens”.


“É com estas idades que devem começar a aprender”, frisou, salientando que “a robótica é uma área de futuro, pelo que, se os alunos conhecerem bem as áreas da electrónica e da informática, terão o futuro assegurado”.


O investigador é o principal organizador do «Roboparty», uma iniciativa da Universidade do Minho, através do Grupo de Automação e Robótica do Departamento de Electrónica Industrial, e da empresa local SAR - Soluções de Automação e Robótica, Lda, que decorre no Pavilhão Desportivo da UMinho.

Fernando Ribeiro frisou que o Festival serve para motivar os jovens para o curso de Engenharia Electrónica, cuja actividade passa pelo ensino e pela investigação científica.










Fernando Ribeiro dirige o festival
Fernando Ribeiro dirige o festival

“Estamos a desenvolver vários projectos com a indústria no domínio dos braços robóticos, da electrónica de potência, da micro e nanotecnologia e em várias áreas”
, revelou, sublinhando que se trata de investigação que será aplicada de forma a ser útil à população.



Em termos de aplicações práticas, o cientista adiantou que na área da robótica e da electrónica de potência estão a ser estudados ou estão em protótipo, processos de optimização de consumo energia eléctrica, bem como, em matéria de nanotecnologias, chips para análises ao sangue, através dos quais, “com uma simples gota possível é possível estudar todos os parâmetros sanguíneos”.



O «Roboparty» conta com a participação - como voluntários - dos alunos do curso da UMinho, entre os quais o Sérgio e o João Silva, do 4.º ano, que criaram um “robomobile” guiado por um hamster chamado Zacarias Magalhães. O ratinho conduz sozinho um robô, um carro que circula numa pista de forma autónoma e obedece a semáforos e passadeiras.

Inês Ribeiro, de 12 anos, aluna da escola Egas Moniz de Guimarães diz que veio “porque gosta de construir robôs”, embora não saiba se quer ser engenheira quando for grande: “vim participar nas actividades, e montar o meu próprio robô”, afirma, com desembaraço.










Os estudantes vão poder construir os seus robôs
Os estudantes vão poder construir os seus robôs

Fazem ainda parte da quarta edição do «Roboparty» uma área de demonstração com vários robôs, onde vão evoluir, um cão da SONY chamado AIBO, dois humanóides de braços e pernas, um robô que anda dentro do espaço de um lar a realizar tarefas caseiras, um braço industrial HP5 da MOTOMAN, um robot omnidireccional controlado com uma wii, e ainda uma atracção surpresa.



O festival inclui provas “loucas” de robótica, desde perseguição entre robôs, obstáculos no caminho, corridas com diversas “maquinetas” em simultâneo, provas de dança com coreografias, entre outras.

Os 110 robôs destinados à competição serão decorados de forma criativa pelos participantes. O júri premiará os melhores, entre as várias categorias.


Haverá também espaço para a solidariedade, concretizado numa oficina onde se adaptam brinquedos para crianças com paralisia cerebral.

Estrelas primitivas foram descobertas

Estrelas primitivas «escondidas» fora da Via Láctea foram descobertas


2010-02-18
















A galáxia anã Fornax foi uma das observadas neste estudo (Imagem:ESO)
A galáxia anã Fornax foi uma das observadas neste estudo (Imagem:ESO)

Durante anos as estrelas mais primitivas residentes fora da Via Láctea conseguiram “esconder-se” mas agora foram finalmente “desmascaradas”. Novas observações do Very Large Telescope do European Southern Observatory (ESO) solucionaram um importante problema astrofísico relativo às estrelas mais antigas na nossa vizinhança galáctica, algo crucial para compreender as estrelas que se formaram muito cedo no Universo.



“Na realidade, descobrimos uma falha nos métodos forenses utilizados até agora”, sublinha Else Starkenburg, autora principal do artigo que apresenta este trabalho. “O nosso método mais desenvolvido permitiu-nos descobrir as estrelas primitivas escondidas no meio de todas as outras estrelas mais comuns”, acrescenta.




Os cosmólogos pensam que as galáxias maiores, como a Via Láctea, formaram-se a partir da fusão de galáxias mais pequenas, onde estariam presentes populações de estrelas extremamente pobres em metais ou “primitivas”, pelo que populações similares deveriam estar igualmente presentes noutras galáxias anãs.






Estrelas Primitivas

Pensa-se que as estrelas primitivas formaram-se a partir de matéria forjada pouco depois do Big Bang, há 13,7 mil milhões de anos. Estas estrelas têm, tipicamente, menos que uma milésima parte da quantidade de elementos químicos mais pesados que o hidrogénio e o hélio, encontrados no Sol, e são chamadas “estrelas extremamente pobres em metais”. Pertencem a uma das primeiras gerações de estrelas no Universo próximo. Tais estrelas, extremamente raras, são observadas principalmente na Via Láctea.



  “Até agora, evidências destas populações têm sido escassas”,
diz a co-autora Giuseppina Battaglia, sublinhando que “enormes levantamentos feitos nos últimos anos mostraram continuamente que as populações estelares mais antigas da Via Láctea e de galáxias anãs não coincidem, facto que não é de todo esperado segundo os modelos cosmológicos.”



A abundância dos elementos é medida a partir de espectros, que fornecem as impressões digitais químicas das estrelas, sendo que a Equipa de Abundâncias e Velocidades Radiais de Galáxias Anãs  utilizou o instrumento FLAMES montado no Very Large Telescope para medir o espectro de duas mil estrelas gigantes individuais em quatro das nossas vizinhas galáxias anãs: Fornax, Escultor, Sextante e Carina.



Uma vez que as galáxias anãs estão a distâncias típicas de 300 mil anos-luz - o que corresponde a três vezes o tamanho da Via Láctea - apenas riscas e bandas intensas no espectro puderam ser medidas, e mesmo estas aparecem como uma impressão digital ténue e esborratada. Contudo, os astrónomos descobriram que, de entre a sua grande colecção, nenhuma das impressões digitais espectrais parecia pertencer à classe de estrelas que procuravam, as raras estrelas extremamente pobres em metais encontradas na Via Láctea.













Else Starkenburg
Else Starkenburg

Apesar disso, depois de comparar cuidadosamente os espectros com modelos computacionais, a  equipa liderada por Starkenburg descobriu que apenas diferenças muito subtis distinguem a impressão digital química de uma estrela pobre em metais normal e de uma estrela extremamente pobre em metais e explica porque é que os métodos anteriores não foram bem sucedidos na identificação destas estrelas.



Os astrónomos confirmaram ainda o quase imaculado estado de várias estrelas extremamente pobres em metais, graças aos espectros muito detalhados obtidos pelo instrumento UVES, também instalado no Very Large Telescope. “Comparadas com as impressões digitais muito ténues que tínhamos anteriormente, estas assemelham-se à impressão digital vista ao microscópio”, explica Vanessa Hill, membro da equipa, acrescentando que apenas um pequeno número de estrelas pode ser observado desta maneira devido a esta ser uma observação muito demorada.



 “O nosso trabalho não só revelou algumas das muito interessantes primeiras estrelas destas galáxias, como ainda fornece uma nova e poderosa técnica de detecção de estrelas deste tipo”, conclui Starkenburg.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desenvolvimento sustentável



Olá pessoal
vejam este video! (recomendado pela Elisabete)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Site de Apontamentos e Resumos

olá pessoal ,
encontrei um site na net de apontamentos e resumos essenciais...
chama-se "nota positiva" e é dirigido a todos os estudantes!
fica aqui o link da página de resumo sobre Vulcanologia visto que é a matéria que sai amanhã no teste de Geologia ;)

se precisarem basta navegar nas opções e procurar os conteúdos das disciplinas em que estão interessados !

beijoca, Sofia.


http://www.notapositiva.com/resumos/geologia/vulcansismolog.htm