terça-feira, 12 de julho de 2011

Jovens aprendem a ser cientistas e empreendedores

Programa «Ocupação Científica de Jovens nas Férias 2011» foi lançado hoje no INESC-Porto



Criado pela Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica com o objectivo de inserir alunos do ensino secundário no ambiente real de investigação, o programa «Ocupação Científica de Jovens nas Férias» tem, há 15 anos, aproximado jovens alunos de investigadores, definindo mesmo carreiras futuras na área das ciências e tecnologias.

O lançamento do programa deste ano teve hoje lugar no INESC-Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) com a apresentação de dois projectos de alunos que participaram na oficina de trabalho «À descoberta do meu lado empreendedor». Na oficina aprenderam a fazer um programa de negócios para um produto de base tecnológica.



Fazer um plano para a concepção, produção e comercialização de um determinado produto foi o que os alunos fizeram em apenas um dia e meio de trabalho no INESC. Um grupo (Samuel Vasconcelos, Sónia Miranda e Liliana Vasconcelos)apresentou um robô cortador de relva automático e o outro um projecto para comida auto-aquecida, uma espécie de “marmita para o século XXI”.

Os alunos apresentaram os projectos na presença da Rosalia Vargas, presidente do Ciência Viva, José Manuel Mendonça, presidente do INESC Porto, e Paulo Ferreira dos Santos, CEO da Tomorrow Options, empresa spin-off do INESC Porto/FEUP, com filial em Inglaterra, e que representa um exemplo de empreendedorismo nacional bem sucedido.

No lançamento do programa, Paulo Ferreira dos Santos falou da sua empresa, destacando a necessidade de se fazer mais investigação aplicada, “que tenha potencialidade comercial e capacidade de arriscar”. Na Tomorrow Options “trabalhamos com pessoas novas, com nova mentalidade, coragem e conhecimento técnico”, acrescentou.

Rosalia Vargas contou um pouco da história inicial do programa, referindo o encontro em Coimbra com o cientista Arsélio Pato de Carvalho. “Ele passou muito tempo nos EUA e disse-me logo que este programa não ia funcionar porque as coisas em Portugal são muito lentas. Disse também que detestava perder tempo. Eu disse que também detestava e que acreditava neste projecto”, contou. Quase 15 anos passaram e o projecto continua e “nem pode mesmo crescer mais”.

O presidente do INESC-Porto realçou que se deve apostar numa ciência com “relevância social e impacto económico”.

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