Na Ericsson, o futuro da Internet já começou a ser trabalhado.
A companhia sueca está a desenvolver atualmente três técnicas de transmissão de dados através de WDM-PON: uma que dá pelo nome de Remote Seeded ONT; a reutilização de frequências; e uma terceira conhecida por Laser Configurável (laser tunable).
Foi esta última solução que a Ericsson Portugal demonstrou hoje em na sua sede. Além de atribuir a cada cliente uma frequência de luz (lambda) com uma largura de banda máxima de 10 Gbps, o WDM-PON com Laser Configurável permite transferir dados a alta velocidade a mais de 85 quilómetros de distância.
As previsões da Ericsson apontam para que, apenas em 2013, esta tecnologia acompanhe as redes de fibra ótica na conquista do segmento doméstico.
Hoje, a esmagadora maioria dos utilizadores não precisa de 10Gbps (o download de um filme inteiro demora menos de um segundo), mas a Ericsson recorda que as tecnologias estão sempre a evoluir e, provavelmente, as necessidades dos consumidores vão mudar nos próximos anos.
Vídeo em Alta Definição, filmes em 3D, a expansão do cloud computing ou serviços de domótica são alguns dos exemplos de serviços e aplicações que vão exigir cada vez mais recursos de rede. “Segundo as nossas previsões, em 2020, mais de 50 mil milhões de dispositivos estarão conectados à Net em todo o mundo. Logo, não será de estranhar que alguém precise de 10Gbps”, lembra Joaquim Santos, diretor da Área de Infraestruturas de Rede da Ericsson em Portugal.
Carl Hansson, gestor de soluções da Ericsson, recorda que, antes da implementação do WDM-PON, os acessos domésticos e empresariais vão ter de migrar do cabo coaxial e do cobre (ADSL) para as futuras redes de fibra ótica (Fiber To The Home): “A migração para a fibra ótica tem variado de país para país, mas penso que Portugal tem feito uma aposta importante nesta área e está bem posicionado”.
Nas primeiras redes de fibra ótica tem dominado a tecnologia GPON, com velocidades máximas de 2,5 Gbps. A passagem para a WDM-PON vai exigir a substituição de routers e equipamentos que gerem o tráfego, mas permite manter a fibra ótica que já estava instalada anteriormente. Só quando chegar o momento de proceder à migração, os operadores vão escolher qual das três técnicas já desenvolvidas para WDM-PON vão ser adotadas a cada cenário.
Hansson desmitifica a velocidade permitida pelo WDM-PON: “Há sempre uma constante substituição de tecnologias. O mesmo acontece com os serviços e aplicações: no futuro vamos querer ter soluções que hoje nem sabemos que existem”.
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