segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Festival de Robótica

Festival de robótica reúne jovens estudantes em Guimarães

«Roboparty» é uma iniciativa da Universidade do Minho
2010-02-19









«Roboparty» até domingo
«Roboparty» até domingo

O festival «Roboparty» vai ensinar este fim-de-semana, em Guimarães, 440 jovens a construir robôs móveis autónomos, através de operações como solda, construção de placas electrónicas e programação informática.


O director do departamento de Engenharia Electrónica da Universidade Fernando Ribeiro adiantou hoje à Lusa que os robôs a construir pelas 110 equipas escolares presentes - com estudantes dos 12 aos 17 anos – “serão relativamente pequenos e simples, mas a sua concepção e montagem transmite já alguma experiência na área aos jovens”.


“É com estas idades que devem começar a aprender”, frisou, salientando que “a robótica é uma área de futuro, pelo que, se os alunos conhecerem bem as áreas da electrónica e da informática, terão o futuro assegurado”.


O investigador é o principal organizador do «Roboparty», uma iniciativa da Universidade do Minho, através do Grupo de Automação e Robótica do Departamento de Electrónica Industrial, e da empresa local SAR - Soluções de Automação e Robótica, Lda, que decorre no Pavilhão Desportivo da UMinho.

Fernando Ribeiro frisou que o Festival serve para motivar os jovens para o curso de Engenharia Electrónica, cuja actividade passa pelo ensino e pela investigação científica.










Fernando Ribeiro dirige o festival
Fernando Ribeiro dirige o festival

“Estamos a desenvolver vários projectos com a indústria no domínio dos braços robóticos, da electrónica de potência, da micro e nanotecnologia e em várias áreas”
, revelou, sublinhando que se trata de investigação que será aplicada de forma a ser útil à população.



Em termos de aplicações práticas, o cientista adiantou que na área da robótica e da electrónica de potência estão a ser estudados ou estão em protótipo, processos de optimização de consumo energia eléctrica, bem como, em matéria de nanotecnologias, chips para análises ao sangue, através dos quais, “com uma simples gota possível é possível estudar todos os parâmetros sanguíneos”.



O «Roboparty» conta com a participação - como voluntários - dos alunos do curso da UMinho, entre os quais o Sérgio e o João Silva, do 4.º ano, que criaram um “robomobile” guiado por um hamster chamado Zacarias Magalhães. O ratinho conduz sozinho um robô, um carro que circula numa pista de forma autónoma e obedece a semáforos e passadeiras.

Inês Ribeiro, de 12 anos, aluna da escola Egas Moniz de Guimarães diz que veio “porque gosta de construir robôs”, embora não saiba se quer ser engenheira quando for grande: “vim participar nas actividades, e montar o meu próprio robô”, afirma, com desembaraço.










Os estudantes vão poder construir os seus robôs
Os estudantes vão poder construir os seus robôs

Fazem ainda parte da quarta edição do «Roboparty» uma área de demonstração com vários robôs, onde vão evoluir, um cão da SONY chamado AIBO, dois humanóides de braços e pernas, um robô que anda dentro do espaço de um lar a realizar tarefas caseiras, um braço industrial HP5 da MOTOMAN, um robot omnidireccional controlado com uma wii, e ainda uma atracção surpresa.



O festival inclui provas “loucas” de robótica, desde perseguição entre robôs, obstáculos no caminho, corridas com diversas “maquinetas” em simultâneo, provas de dança com coreografias, entre outras.

Os 110 robôs destinados à competição serão decorados de forma criativa pelos participantes. O júri premiará os melhores, entre as várias categorias.


Haverá também espaço para a solidariedade, concretizado numa oficina onde se adaptam brinquedos para crianças com paralisia cerebral.

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